
Porque Magoamos Quem Mais Amamos?
Porque magoamos uma pessoa de quem gostamos e não sabemos explicar como?
Nós não queríamos magoar ninguém, mas também não conseguimos ficar calados.
Na verdade, até só gostávamos que a outra pessoa percebesse o nosso ponto de vista e que melhorasse numa ou noutra coisa.
Mas lembram-se de já vos ter dito diversas vezes que é muito difícil mudar alguém?
Às vezes esse pequeno pormenor fica esquecido e o pior acontece: A outra pessoa não compreende a nossa maneira de pensar, porque não se acha errada, e acabamos por nos magoar a nós e a ela.
O sentimento de frustração apodera-se inevitavelmente do nosso corpo e da nossa alma e as energias vão-se!
Para quê? O que ganhámos com isso?
Nada!

Magoamos alguém por puro egoísmo de não percebermos que a mudança é impossível, o máximo que pode existir é um ajuste de personalidade.
Os milagres não acontecem!
O respeito pelos outros e pelo seu espaço é fundamental numa convivência, mas sobretudo o respeito por nós próprios.
Não sou apologista de que devemos ficar calados, porque como se costuma dizer “é a conversar que a gente se entende”, mas também tenho noção que às vezes falamos demais e sem pensar.
Quando digo isto, quero dizer que também temos de nos colocar no papel dos outros antes de chutar cá para fora o que queremos.
É fundamental fazermos isso todos os dias da nossa vida quando lidamos com pessoas: Sair do nosso corpo e tentar interpretar aquela “personagem”.
Imaginar o que ela pensa, o que ela viveu, os seus gostos, os seus desgostos e até ter noção da sua experiência de vida.
Só depois de termos a sua biografia bem detalhada podemos agir.
Se é fácil? Nem pensar.
Mas podemos evitar ressentimentos.

A consideração também é outro aspeto fundamental para não magoarmos alguém.
Porque magoamos quem mais gostamos?
Porque são pessoas com quem estamos mais à vontade. São, por norma, familiares, colegas de trabalho ou amigos com quem temos uma enorme ligação.
Às vezes, essa ligação ultrapassa barreiras. Não pode acontecer!
Aí vem a consideração. Consideração pelo que já foi vivido, sobretudo os momentos bons. Esses são sempre os que interessam!
Claro que se é uma pessoa que já te fez assumidamente mal, já não há consideração a ter.
Muitas vezes achamos que foi um mal propositado e isso pode estar errado.
Tirando pessoas muito, muito más que procuram alcançar objetivos sem trabalho e sem amor ao próximo, desconheço que exista alguém que te faça mal só porque sim.
O que acontece na maioria das vezes é existir um grande mal entendido, por isso é que é imprescindível também falarmos sobre o que nos magoa.
A comunicação é necessária para as pessoas perceberem o nosso ponto de vista e conseguirem evitar situações de mal estar.
Lavar roupa suja já nem no tanque!
É tão feio ir buscar argumentos que já ficaram esquecidos apenas para atingir o outro!
O ser Humano tem sentimentos inexplicáveis e eu sei que falar é mais fácil do que agir, mas é tão importante criarmos um filtro à volta da nossa pessoa e nem nos deixarmos atingir a nós, nem aos outros.
Se amamos, porque magoamos?
Porque a perfeição não existe e somos muito mais intolerantes com essas pessoas do que com as outras.
Claro que isso não está correto, mas como mudar?
Ouvir os outros, aprender a comunicar e a não ter medo de errar é fundamental.

