
Ginásio | Como Superar Os Complexos?
Quem não tem complexos quando aparecem aquelas divas ou aqueles misters músculos no ginásio, que ponha o dedo no ar!
Pois é, de certeza que já vos aconteceu estarem a treinar com a maior convicção do mundo e com a esperança de que talvez um dia consigam ter uma cinturinha de vespa e, de repente, aparece ao vosso lado uma boazona com mais meio metro do que vocês, um grande e jeitoso par de mamas e a tal cintura que sempre invejaram… Não?!
Às tantas já estamos a olhar pelo canto do olho (para não ser de forma direta), para percebermos o que a dita quase top model faz a mais ou a menos do que nós.
Quase que os pesos nos caiem ao chão, tal é a falta de concentração no treino.
Os homens gigantes e musculados também vão desviando o olhar.
Parece que olham para nós e nos lançam uma espécie de pergunta em pensamento do tipo “é mesmo boa, não concordas?”.
Eu, pelo menos, começo a sentir-me cada vez mais “pequenina”.
Tento concentrar-me no meu treino e aumentar de 18 kg para 25 kg o press de braços (aquela máquina que estica e flete os bracinhos).
Como aumentei 7 kg por causa da “outra” só aguento metade do tempo…
O que eu tenho para vos dizer meninas (os meninos também podem dar a sua opinião) é que se isto já aconteceu convosco e se acabaram por se sentir como se fizessem parte de uma série humorística… riam-se porque já somos duas.
É impressionante como às vezes nos conseguimos sentir tão desajeitados e há sempre a típica marrona ou marrão do ginásio que até é capaz de correr na passadeira só com uma perna.
Agora até estou mais magrinha e um pouco mais ágil, mas sobretudo mais à vontade com o meu corpo e com quem me rodeia.
A minha mentalidade também mudou e isso fez toda a diferença.
Esses complexos de inferioridade já lá vão e o melhor? Sou muito mais feliz!
Quero lá saber se há uma gostosa ao meu lado a levantar 50 kg.
Eu levanto os quilos que eu quiser e os que for capaz.
Não sou pessoa de desistir e talvez um dia chegue lá… mas não tenho de ser igual a ninguém.
Hoje deixo-vos esta mensagem sobretudo porque às vezes olho em meu redor, no ginásio, e vejo muitas meninas e até senhoras pouco à vontade, mas não devem ter vergonha e muito menos complexos.
Vá, também vejo rapazes e senhores… Acho que neste campo, os complexos não têm género.
Sou defensora do exercício sobretudo porque acredito que proporciona bem-estar físico e psicológico.
Faz bem à saúde e deixa-nos com uma sensação de leveza inexplicável.
Muitas vezes vou ao ginásio por volta das sete da manhã ou à hora de almoço, depende da minha disponibilidade.
Já não é a primeira vez que dou por mim a chamar-me louca pelo sacrifício e correria que faço para conseguir ir, mas a verdade é que a grande recompensa vem depois quando saiu e me sinto renovada.
Talvez aquela “gostosona” que treina ao meu lado esteja lá uma manhã inteira, mas eu não consigo.
No entanto, sinto-me extremamente orgulhosa por estar lá ainda que seja meia hora.
Claro que adorava ter um corpo de sonho, mas além de só depender de mim, tenho o corpo que consigo!
O que fazer então?
– O meu conselho para superarem os complexos passa sobretudo por se aceitarem tal e qual como são.
– Depois de se aceitarem e de gostarem de vocês próprios, aprendam ou reforcem hábitos mais saudáveis. Não adianta estar um dia inteiro no ginásio se depois como tudo o que me apetece.
– Pensem primeiro na vossa saúde e só depois em perder peso ou em definir o vosso corpo.
– Não deixem de olhar para as outras ou outros… Não tem mal nenhum, desde que não destabilize a vossa concentração (deixar cair um peso num pé pode ser fatal).
– Aos poucos vão começar a ver resultados, encarem-nos como uma motivação e nunca como algo do género: “Perdi 3 kg, já me posso esticar”. O nosso corpo não é elástico. E este tipo de pensamentos podem causar marcas bem visíveis (as estrias são um bom exemplo disso).
– Nunca, em momento algum tenham vergonha do vosso corpo, seja porque motivo for. Podem existir muitos motivos para não termos, nem conseguirmos ter, o corpo perfeito, mas a perfeição existe? Claro! A perfeição és tu, sou eu, somos nós tal e qual como nascemos, crescemos e com todas as condicionantes da vida. O mais importante é sabermos aceitar o que nos está destinado. ACEITAR!
Força e coragem para todas e até todos (mais não seja os tais musculados de dois metros) que se identificam com as minhas palavras!
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Fotos: Lyashenko e Sergeycauselove / Freepik

